VAMPIROS DE ENERGIA


Conforme sabemos, a característica aplicada a todos os Vampiros é sua necessidade de sangue, que retiram de seres humanos ou animais. Uma multidão de criaturas do mundo da mitologia tem sido chamada de Vampiro na literatura popular simplesmente porque sugar o sangue periodicamente era um de seus vários atributos. Todavia, quando consideramos o espectro total dos Vampiros, a aparente definição comum cai por terra ou deve ser pelo menos consideravelmente suplementada. Alguns Vampiros não tomam sangue, pelo contrário, roubam da vítima o que julga ser sua força vital. A pessoa atacada por um Vampiro tradicional sofre pela perda de sangue, o que causa uma série de sintomas: fadiga, perda da cor no rosto, apatia, motivação esvaziada e fraqueza. Várias condições que não envolvem perda de sangue também apresentam estes mesmos sintomas. Por exemplo, se não for controlada, a tuberculose é uma doença que depaupera o organismo e é parecida com as tradicionais descrições resultantes do ataque do Vampiro.

Os escritores românticos do século XIX e os ocultistas sugeriram que o vampirismo envolvia a perda de força psíquica para o Vampiro e escreveram sobre relacionamentos vampíricos que tinham pouco a ver com a troca de sangue. O próprio Drácula citou a Bíblia ao afirmar que "sangue é vida". Portanto não é necessariamente o sangue que o Vampiro procura, mas a energia psíquica ou "força vital" que, acredita-se, é levada por ele. A metáfora do psiquismo Vampiro pode ser facilmente estendida para abranger vários relacionamentos nos quais uma pessoa rouba da outra elementos essenciais à vida, assim como governantes minam as forças dos povos que dominam.

Pergunto novamente: poderíamos então considerar os Vampiros como "anjos", e a humanidade como brinquedos que exercessem a diversão dos "anjos negros"?

Talvez nem os Vampiros saibam disto...


(J. Gordon Melton - “O Livro dos Vampiros - A Enciclopédia dos Mortos-Vivos”)